Reflexões Paradoxais
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16 de junho de 2022
Semana de Arte Moderna
Derivações de uma Ruptura?
Curadoria de A. C. Lorette
A Semana de Arte Moderna de São Paulo comemorou seu centenário em fevereiro de 2022. O evento foi considerado por alguns críticos dos anos 70 como marco divisório nas artes plásticas de todo país, apesar dos regionalismos e contradições.
A exposição original, realizada no saguão do Teatro Municipal de São Paulo entre os dias 13 e 17 de fevereiro, não foi o enfoque principal do movimento, mas se perpetuou iconograficamente nos livros didáticos e obras referenciais.
Nesta edição ampliada da exposição comemorativa do Atelier Angela Bonfante, agora na Galeria Boca do Leão, Fonte Platina, estão reunidas obras assinadas ou atribuídas pelos artistas participantes da Semana, como Di Cavalcanti e Anita Malfatti; pelos contemporâneos ausentes dela, como Portinari, Segall e Guignard; pelos estrangeiros europeus que antecederam e/ou influenciaram tais artistas, como Kandinsky, Picasso e Dalí; e dos movimentos derivados, como o Grupo Santa Helena, representado por Bonadei, Zanini, Rebolo e Volpi.
É uma ostra despretensiosa, de quadros em variadas técnicas, materiais e temáticas, onde percebe-se a busca constante da liberdade de expressão, tornando-se um passeio sutil na dissimulada sobrevivência da cultura popular, entre as mazelas e guerras humanas do século XX.